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A ORIGEM DA CONTABILIDADE
A contabilidade origina-se da necessidade de controle e registro da atividade comercial.
De acordo com Marion (1998, p. 21), “são aproximadamente quatro mil anos de existência confirmada da contabilidade”.
De acordo com Iudícibus (2005, p. 31), “a Contabilidade é tão antiguíssima como a vivência da própria humanidade”, ou seja, ainda que de modo simples e não científica, os povos antigos utilizavam ferramentas e métodos contábeis para controlar a sua riqueza e, dependendo dos casos, elaboravam orçamentos consistentes e também apuravam os custos; isso também pode ser verificado em anotações efetuadas em pranchas de argilas localizadas nos povoados dos territórios, especialmente, da Suméria, e da Babilônia, conforme comenta SÁ (1997).
Atribui-se a sua utilização inicial aos pecuaristas primitivos, quando tornava-se imprescindível a implantação de um mecanismo consistente que fosse capaz de lhes fornecer informação acerca da quantidade e qualidade de suas crias. Marion (1998) comenta que assim eram contados e controlados os rebanhos, auferindo o tamanho exato de seu patrimônio.
Com o desenvolvimento econômico, financeiro, e também social das civilizações primitivas, surgiram entre as entidades da época, tais como governo, comerciantes, fazendeiros, dentre outros, a preocupação em conhecer exatamente qual era a sua real situação patrimonial.
Crescia entre eles a preocupação em controlar seus recursos, para evitar o desperdício, o roubo, a fraude, a corrupção e outros desvios, e também, havia o anseio em descobrir o potencial que ainda podiam alcançar de crescimento financeiro, bem como identificar qual a forma mais fácil de se obter este resultado.
Uma prática que se tornava necessária era a entrega dos bens pessoais para que terceiros administrassem. Porém, esta labuta não poderia ser executada sem os devidos registros para posteriores prestações de contas.
Desde o início, os fazendeiros tinham como foco o controle do patrimônio, visando à prosperidade financeira e, com o passar do tempo, o homem conseguia administrar com eficiência o que estava sob sua responsabilidade ou lhe pertencia, utilizando regras que hoje conhecemos como pertencentes à contabilidade.
Relata Marion (1998), que a Bíblia Sagrada registra no capítulo 30 e 31 do Livro de Gênesis, a maneira que Jacó, descendente de Abraão, pastoreava e administrava o rebanho de seu sogro chamado Labão.
Periodicamente, Jacó efetuava um inventário do rebanho sempre com a finalidade de obter um controle real do patrimônio, pois havia diversos acontecimentos que poderiam levar ao extravio de seus preciosos bens, ou seja, as ovelhas poderiam se perder pelo caminho ou sofrer ataque de predadores (lobos).
Por outro lado, o patrimônio de seu sogro podia crescer através do nascimento de novas crias, e assim o controle e o registro desta variação era efetuada por Jacó e levada ao conhecimento de Labão.
Observa-se que a metodologia inicial era simples, onde se obtinha o controle através dos inventários periódicos, e depois se juntavam montinhos de pedras para saber a quantidade exata do rebanho, pois a multiplicação do gado se equivale à multiplicação de sua riqueza, e sempre que uma nova cria surgia em sua fazenda, uma nova pedra era depositada ao montinho, evidenciando com precisão a evolução e a variação patrimonial dos homens primitivos.
Não se sabe quem até hoje foi o inventor ou o primeiro a utilizar a contabilidade na antiguidade, mas se sabe, porém, que a contabilidade é uma profissão tão remota quanto a vivência da própria humanidade, como afirma Iudícibus (2005); Marion (1998) afirma que é imprescindível sua utilização para que os detentores de patrimônios possam obter um controle eficaz sobre sua riqueza.
Ao longo do tempo, a serventia da contabilidade ganhou força e se tornou essencial dentro do cenário econômico dos povos antigos, pois através do advento de grandes impérios, o aprimoramento de técnicas tornou-se cada vez mais necessário.
No Oriente Médio e no Extremo-Oriente, a história revela que economias sofisticadas existiram há bastante tempo, bem antes do firmamento e desenvolvimento dos grandes impérios da antiguidade, tais como o poderoso domínio de Alexandre o Grande, que atingiu proporções extraordinárias e cujo tamanho só foi inferior ao também conhecido Império Britânico.
Há menção que comprova a existência da dinastia de Shang, na China, a mais ou menos 1600 a.C., onde arqueólogos também encontraram registros de uma civilização requintada ainda mais antiga na Índia, que datam aproximadamente 2300 a.C.
Recentes estudos arqueológicos tem contribuído grandemente para a descoberta do modo como viviam, trabalhavam, se organizavam, bem como de que maneira estas antigas civilizações administravam seu patrimônio.
De acordo com Schmidt (2000), a contabilidade, ultimamente, vem provando uma tremenda revolução histórica, pois algumas descobertas arqueológicas demonstram de forma clara que os povos antigos já utilizavam sistemas organizados e bem geridos ainda na pré-história, durante uma época que se denomina período mesolítico, e que está dentre o período de 10.000 à 5.000 a.C.